segunda-feira, 22 de julho de 2013

Livros lidos #1

Resolvi iniciar uma nova série de posts onde vou falar um bocadinho dos livros que acabo de ler, dar a minha opinião e deixar algumas informações sobre esses mesmos livros. Eu adoro ler! Desde pequena que gosto, mas ao longo do ano não tenho muito tempo/paciência porque leio tantas coisas relativas com o meu curso, que não fico com muita vontade de ler ainda mais nos tempos livres. Mas, quando fico de férias, vingo-me!

O primeiro livro a ser falado vai ser o último que acabei de ler: "Alice e o Abismo"

Autor: Leonor Campos
Editora: novolivro
Ano: 2002
Género: Romance
Nº de páginas: 260 páginas
Outras informações: O guião da autora baseado nesta obra venceu um prémio NBP na categoria de telefilmes entre 150 competidores em 3 categorias.

Sinopse: "Pela primeira vez em Portugal, uma escritora aborda sem falsos pudores o tema de uma paixão entre duas mulheres. E pela primeira vez uma escritora se move com veracidade no meio teatral, no mundo da droga, num ambiente onde as paixões são, como em todo o lado, fugazes, mas intensas.
Todo o romance gira à volta de Constança, directora de uma agência de publicidade e de Aida que se apaixona por ela, mas que mantém as suas relações com os seus colegas do Conservatório. Depois de muitas peripécias em que os "actores" deste verdadeiro drama se encontram e desencontram, Constança após um acidente de automóvel magistralmente descrito, recompõe-se, mas um novo apaixonamento entra na sua vida: a secretária. E o romance termina com a frase em que a convida para ir com ela para Florença.
Estilo perfeito, linguagem correcta, substantiva, frases curtas, atenção aos pormenores, "Alice e o Abismo" faz-nos entrar no mundo "do outro lado do espelho" pela mão feminina de uma escritora excelente."
Carlos de Miranda
(Editor)

Autora:  Leonor Campos Nasceu no Porto em 1952. Por ser filha de músicos cresceu em contacto com a Arte e a Cultura. Na adolescência, frequentou o Conservatório de Música. Desde sempre se interessou pelo Teatro. Entre 1974/76, pertenceu ao Teatro Universitário do Porto. Mais tarde teve uma breve passagem pelo Conservatório de Teatro de Lisboa. Tirou cursos de línguas, tendo chegado a leccionar Francês e Inglês. Fez um estágio de jornalismo. Em 1992, concluiu um curso profissional de teatro na Academia Contemporânia do Espectáculo. Participou como actriz em vários espectáculos entre eles: As Criadas, de Jean Geneti; A Ópera dos Três Vinténs, de Bertold Brecht; Sonho de uma Noite de Verão, de William Shakespeare; Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente; Roberto Zucco, de Bernard Marie Koltés. Fez estágios em Inglaterra e França. Durante vários anos, dedicou-se a dar aulas de teatro a crianças e adolescentes, tendo chegdo mesmo a escrever algumas peças infantis.
Desde sempre escreveu, nomeadamente, poesia, mas este é, de facto, o seu primeiro romance.


Opinião: É um livro que aborda um tema que não costuma ser muito falado em romances: a homossexualidade feminina. Fala da descoberta da homossexualidade, da negação inicial de uma das personagens e de todo o preconceito social à volta desta temática, levando até a um afastamento tanto de familiares como do círculo de amizades. Por outro lado também aborda o consumo de álcool e de drogas e de como facilmente se passa de um consumo de moderado e social a uma dependência grave. 
Apesar de conhecer a autora e, por isso, poder ser suspeita para falar, gostei bastante, por ser um tema pouco falado e porque, apesar de ter uma linguagem bastante acessível, estar bem escrito e bem organizado. Ao longo da história percebe-se a evolução de cada personagem, desde uma fase inicial calma e estável, até entrar numa espiral descendente de obsessões, drogas e álcool, culminando num trágico acidente. É um livro que prende bastante a leitura, mas como ponto negativo aponto o tamanho de letra e espaçamento entre palavras/letras, que dificultam um pouco uma leitura mais fluída.

Classificação: 4/5

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Férias

Finalmente chegou o momento que espero há muitos meses: vou poder descansar! (ainda vamos ver se há ou não exames em Setembro, mas de qualquer forma, vou descansar algum tempo). Mais um ano que passa e mais um ano que chego nesta fase ao limite das minhas capacidades físicas e intelectuais. Estou desgastada de estar há tanto tempo seguido fechada em casa a estudar, de não ter fins de semana há séculos porque tinha sempre coisas para fazer, de não fazer nada extra-faculdade há demasiado tempo.

Neste momento, tudo o que preciso é de ir para a minha Afife (coisa que vou fazer dentro de umas horas) e simplesmente descansar e ver se ponho a cabeça em ordem. Preciso de me afastar um bocado de tudo, fazer uma espécie de retiro, para depois poder voltar a encarar as coisas com normalidade. Mas, mais que tudo, preciso de me afastar um bocado de tecnologias e da internet. Durante estes meses, e como tenho a página do meu ano da faculdade no facebook, precisava de estar constantemente atenta ao que lá se passava, porque era onde apareciam novidades de exames, notas, coisas importantes de várias cadeiras, etc, o que me "obrigava" a estar quase sempre com a net ligada. Sinceramente estou um bocado farta de redes sociais, onde leio quase diariamente coisas que me deixam irritada/admirada (vejo com alguma frequência pessoas que conheço com opiniões de tal maneira radicais, que me deixaram boquiaberta!) e no mundo dos blogs também se passam coisas semelhantes. De qualquer forma, não quero deixar completamente de cá vir! Só não vou é estar "constantemente" ligada, mas venho cá de vez em quando atualizar a leitura dos vários blogs que sigo e gosto e escrever o que me apetecer.

Beijinho, boas férias se tiverem a sorte de as ter e vou dando notícias!

domingo, 14 de julho de 2013

A minha música

Segundo o meu last fm (para quem não sabe o que é: é uma página que tem um programa ligado ao meu leitor de música do pc e que vai fazendo as estatísticas do que ouço com este leitor):
  • Desde que criei conta, há cerca de 4 anos e uns meses, ouvi 17912 músicas! Isto só músicas ouvidas no pc, fora o que ouço no i-pod e noutros formatos, que acaba por ser bastante também.
  • Média de 11 músicas por dia.
  • 845 artistas/bandas diferentes no total.
E com isto tudo acho que é fácil perceber que realmente a minha vida seria muito pior sem música! Quero sempre conhecer bandas/artistas novos, sejam recentes ou muito antigos, não gosto de ouvir sempre as mesmas coisas, gosto de variar imenso nos estilos musicais e procuro encontrar música com qualidade e da qual goste. Cada vez menos gosto de música feita para massas, para ficar no ouvido, mas que num instante vai e vem..e depois aparecem bandas que têm um hit super conhecido, mas que mais ninguém conhece nada deles, só aquela música. Não digo que não haja alguma música comercial de qualidade, e ouço alguma, mas geralmente são músicas que não ouço anos a fio, como acontece com tantas outras, das quais nunca me farto. 

Não consigo estudar sem música, não consigo arrumar/limpar sem música, não consigo andar de transportes públicos sem música, é a minha bolha, o meu escape para tudo e, claro, tenho músicas que associo claramente a fases da minha vida, a pessoas, a locais e a concertos. Sem dúvida :


terça-feira, 9 de julho de 2013

Frustrações

Um dos meus maiores defeitos atualmente é a minha dificuldade em lidar com frustrações. Diria mais: não sei lidar com elas. E sim, tenho imensos defeitos, mas este é um daqueles que anda a mexer mais comigo, já há algum tempo.
Não percebo bem como cheguei a este ponto porque, para ser sincera, não vejo um percurso ao longo da minha infância/adolescência que justifique isto. Nunca fui de ter coisas a cair do céu. Sempre tive de me esforçar para ter o que queria. Se queria ter boas notas, tinha de estudar e esforçar-me, nunca fui daqueles casos de estudar pouco ou nada e safar-me na mesma. No tempos do ballet, se queria ser minimamente boa no que fazia, tinha de treinar muito, de forma bem exigente e durante longas horas. Se queria comprar alguma coisa, lá tinha de juntar dinheiro de semanadas e de outras coisas até chegar à quantia necessária, como foi no caso das típicas consolas de jogos, que todos os miúdos adoravam. Hoje em dia nem isso faço porque tento mesmo comprar só o que preciso (claro que não sou perfeita e uma vez por outra compro algo mais fútil) e ir guardando o resto, que sei que um dia vai ser útil de certeza, muito mais que qualquer telemóvel xpto de 300 ou 400euros.
Por isso mesmo não percebo como fui tornar-me em alguém que não sabe lidar com pequenas (ou grandes) derrotas, que demora bem mais do que devia a voltar a olhar em frente e a erguer a cabeça. E, pior, acabo por afastar quem está à minha volta e que a maior parte das vezes só quer ajudar, porque durante este processo e, enquanto não me resolvo comigo mesma, não consigo encarar bem os outros e agir de forma natural.
Tal como aparece na imagem seguinte, acho que um dos grandes problemas acaba mesmo por ser o excesso de expectativa de tudo, pôr o patamar muito elevado em relação a demasiados aspectos da minha vida e, se calhar este é o pior, praticamente nunca ficar contente ou completamente satisfeita com algo que faça porque nunca é bom o suficiente. É algo que precisava de ser trabalhado, de forma a conseguir viver uma vida mais feliz e mais relaxada, só gostava era de saber como o fazer.