Desde pequena que é assim. Talvez seja uma boa ouvinte, talvez dê espaço para as outras pessoas falarem dos seus problemas, sem estar constantemente a pedir atenção e centrada em mim própria. A verdade é que acho piada a ouvir o que têm para dizer e a tentar dar conselhos à minha maneira, ainda que possam nem sempre ser os melhores. É provável que seja por esse motivo, que sempre tive muito boas notas a psicologia e a cadeiras dentro do mesmo âmbito. Não fui para psicologia porque a saúde também sempre foi uma área de grande interesse meu. E não me arrependo. Adoro o que faço e, sempre posso ir lendo uns livros de psicologia (e faço mesmo isso) e aumentar o meu conhecimento nessa área, de uma forma, digamos, amadora.
Mas, voltando ao tema deste post, fui sempre sabendo muitas histórias amorosas. Cada uma com as suas particularidades, algumas cheias de obstáculos e peripécias, outras menos atribuladas. Algumas com desfechos dignos de histórias de encantar e outras que acabam por ser verdadeiros pesadelos. E, geralmente, quando sei de toda a história, costumo ter um pressentimento de como as coisas vão correr. Claro que nem sempre acerto, afinal não sou nenhuma vidente..Mas, na grande maioria das vezes, até nem está assim tão afastado do que na realidade acontece. Há uns dias atrás, uma amiga minha, perguntava-me o que achava de mais uma história amorosa e dizia qualquer coisa como :” diz lá o que achas sinceramente disto tudo, costumas ter razão!” Aí é que está o ponto! Sinceramente nem sempre é fácil, porque às vezes as coisas nem me “cheiram lá muito bem”, e não quero estar logo a pôr a pessoa de pé atrás, até porque posso ser eu que estou a inventar o cheirete (lol).
E sabem o que é mais irónico no meio disto tudo? É que, foram muito raras as vezes, em que fui eu que estive do outro lado a contar uma história. Até porque eu não gosto muito de contar coisas deste género. Não é uma questão de timidez (apesar de o ser), é mais uma coisa a que tendo a ser muito independente e a pensar “Oh, eu cá resolvo, eu cá me arranjo”. E não me sinto muito confortável a contar a quem quer que seja. E, aqui que ninguém nos ouve, também não houve tantas histórias assim.